Férias de dezembro
O mundo soprando o vento,
o vento movendo as folhas,
das folhas o verde nos olhos,
nos olhos o lixo do mundo.
Ali na periferia,
pela janela da sala,
jazia um plástico imundo.
E a visão que estava limpa,
totalmente indescritível,
foi invadida por palavras.
Um pavor em vão,
meramente contemplativo,
tomava, então,
conta daquele ser despido.
Como o incômodo de versos longos,
uma fumaça repentina invadia a sala.
Queimavam o lixo no chão da árvore.
Mas não o saco, mas não a pipa…
…no topo.