Abaixo ao amor fundamentalista
Não caia nessa de amor incondicional. Não há o que temer de uma “espiritualidade independente de religiões”, mas quando a coisa começa a ficar com a cara de “Religião Fundamentalista”, é bom se precaver. Mais ainda, é bom combater esse tipo de prática. E este texto tem esse objetivo, mesmo que de uma forma muito branda, como um alerta. A bíblia, assim como os outros evangelhos que não integram as versões mais populares do livro, assim como o Alcorão, assim como o Livro de Mórmon, são registros de guerra. Táticas de guerrilha no campo das crenças e das ações morais. O líder (ou líderes) da congregação recebe de seus seguidores ações de “caridade” e ações de fé.. Um exército de trabalhadores voluntários e dizimistas. Um exército disposto à violência para defender sua fé, seu império. Disposto ao seguimento de regras cegamente, porque “É a lei de Deus”, só restando lamentar por aqueles que não entendem. Ou matá-los, no pior dos casos, como prescreve o Verso da Espada do Alcorão, caso não se convertam. Um exército disposto a se explodir, a abandonar a família (descrente), disposto a “dar o seu tudo” para os seletos membros de alta hierarquia da congregação. O religioso fundamentalista não permite conversa, não permite troca de ideias, ela é, por princípio, sagrada
e, portanto, deve-se obediência ao sagrado e não questionamento. Qualquer questionamento soa como uma afronta, como ingênuo, tabu, como um insulto, muitas vezes alvo de pensamentos como “Você um dia vai entender”, “Um dia você vai se permitir”, “Um dia Deus há de tocar o seu coração”, ou pior “Você arderá no fogo do inferno”, “Você perderá o equilíbrio”, “Você não prosperará”, ou seja, um prazer malévolo pela ruína daqueles que questionam os princípios fundamentais supostamente imutáveis das escrituras. Não se discute religião e aqueles que tentam são ignorados, afastados, tolidos, expulsos, apedrejados, mortos. A violência (em seus diferentes níveis) parece ser um dos mecanismo fundamentais que mantém o crente próximo do ente Divino e das pessoas de comum acordo com tal violência.