Isto vai para as mancebas desocupadas. Aquelas nervosas de nada fazer, coçando a periquita com o lixador de unhas e que não reagem mais aos reclames da mãe, mas tão somente ao tec tec do teclado, num ritmo ritualístico à procura do pornô da hora. E não se preocupe, você matuta pervertida, não pretendo corromper a ética das onanistas, esfregando salientes a Emília na solidão, que apenas aproveitam, com toda a higiene e praticidade, um momento de folga para saciar a sede de caldinho do vaso sanitário. Não se preocupe, pois o além daqueles tubos que dão na laje subterrânea destinada a merda de cada um (no caso das casas de família com tal adereço) é inabitado por nós (assim eu espero), do que concluo: tanto faz o caldo que ali entra e fica. Por outro lado, para você malacabada vagabunda, ordinária, o que me empenho a fazer é alertá-la, talvez como pretendem aquelas vinhetas do governo no quadro iluminado, alertá-la para o risco e desrespeito envolvidos no uso de vestuários, lençóis, colchões ou bichos de pelúcia como absorventes do líquido que lhe escorre por entre as pernas.
No que concerne ao uso dos tecidos finos para tal finalidade, o desrespeito, a saber, ocorre quando a responsável pela higienização daqueles panos não é uma máquina de lavar e nem, logicamente, a malacabada (pois essa mesmo nunca lavou nem sua própria calcinha), mas a mãezinha, a responsável mor do lar, santa e trabalhadeira, a diva, sim, a solene e amada mulher que prepara o vosso alimento. Ela que deverá cumprir a missão de manusear e lavar aqueles tecidos. O encargo pode cair ainda, se não na mãe, naquela outra solene pessoa sem a qual ninguém viveria, cuja a dignidade e respeito muitas vezes são insultados; a moça ou moço responsável pelos cuidados do lar de cada um de vós.
É importante ficar claro que o problema do desrespeito não está no manuseio em si das trouxas contaminadas. Todos sabemos, no caso das mães propriamente, que elas só se tornaram mães por causa de alguma forma de “manuseio” do melado (aspas pois dependeu muito da criatividade do pai, ou da própria mãe em outros casos, e devo considerar ainda a possibilidade de ter havido a imaginação de seja lá quem entre as desconhecidas quatro paredes que geraram a malacabada). Certamente, o problema não está no manuseio das peças de roupa. É o trabalho envolvido na higienização da malha que me faz ver este ato um infame, como se proibido por lei, da ordem do politicamente incorreto, desviado inclusive das vias de fato.
O uso de pano para o gozo inconsequente e porcamente preguiçoso de certas criaturas é um ultraje a ordem e dignidade dos bons costumes. Principalmente no caso das meias. Imaginem uma meia que absorve com potência certo chulé e contamina, como maçã podre, outras peças de roupa ao redor. Agora imaginem essa meia absorvendo aquele melado nojento e mestruado. Seria uma catástrofe. Além do ‘efeito dominó’ noutras peças, haveria ainda o ‘efeito plaqueta’ na peça alvo (o que acontece quando o melado seca; para se ter ideia do poder desse efeito, há rumores de já ter havido o endurecimento completo do tecido atingido, após algumas poucas horas). Enfim, o trabalho envolvido na higienização das peças meladas é imenso. Algumas preferem até queimar ou jogar no lixo. Outras caridosas, o que não lhes fazem menos porcas, preferem doar (como se estivessem doando um brinquedo quebrado; deprimente).
O que tenho a falar sobre os riscos considera a possibilidade de a sujeita cair no sono (efeito conhecido por muitos homens) após corromper a pureza dos tecidos, dormindo assim mesmo, toda gozada. Dessa vez o alerta tem um tom de reclame universal, pois sua validade visa inclusive às mulheres, ou meninas de bem, sujeitas a tornarem-se impuras durante a polução noturna. É cientificamente comprovado que a estrutura lubrificante (líquido vaginal) ou gozada (secretado pela glândula de Skene) que compõe o melado (da boceta molhadinha), contém um complexo de componentes orgânicos e inorgânicos que fornecem um meio para os fungos, bactérias, vermes, insetos e inclusive animais de estimação (sim, eles podem querem lamber aquela coisa, eca). O estudo de caso clássico prevê inchaço nos grandes lábios após picadas de formiga e complicações posteriores para o desfrutar da siririca matinal. Pode haver sensação desconfortável efeito do movimento de vermes, ou efeito da baba dos animais de estimação. E nem é preciso especificar qualquer das afecções possíveis no abrigo do bombril, da pele ou mucosa da greta musculosa por força dos fungos ou bactérias. Devo incluir ainda afecções aos cafundós (o cú), primeiro no caso das preguiçosas malacabadas, de gênero feminino, que tiveram a infelicidade do líquido escorrer para lá inadvertidamente e, segundo, aquelas de gênero homossexual que optaram por escorrê-lo por outros meios.
Espero ter apresentado um conjunto de argumentos coerentes e capazes de transformar a vossa maneira de agir fazendo sabão sozinha. Corrija o mau hábito na siriricagem, mude para melhor. Se tardar não vá reclamar depois da falta de meias ou coceira no cú.