Identidade como aspecto distintivo (FPE, FNE)

Nallan et al (1986)


Nallan, G. B., Sanders, R., Jr., Dykeman, C., Hughes, M., Rauth, M., McCann, S., & Morrison-Nallan, K. (1986). Identity Relation Can Serve as the Distinguishing Feature in Feature-Positive and Feature-Negative Learning Research. The American Journal of Psychology, 99(1), 71–79. https://doi.org/10.2307/1422305


Afirma, incorretamente, que Newman et al. (1980) foi o primeiro estudo com humanos adultos a reportar o efeito de aspecto positivo. Investigou se a identidade entre os estímulos poderia funcionar como um aspecto distintivo. A tarefa era uma discriminação simultânea por meio de cartões impressões. Cada cartão continha dois conjuntos de consoantes aleatórias, um à esquerda e outro à direita. Um dos conjuntos (esquerda ou direita) possuía pares de consoantes idênticas enquanto que o outro conjunto possuía consoantes não idênticas. Os participantes eram instruídos sobre a existência de um arranjo correto e outro incorreto em cada cartão, formulado por um sistema. O objetivo dos participantes era descobrir o sistema. Num primeiro experimento (Experimento 1), o grupo FP demorava em média 12.73 (σ = 3.73) tentativas para descobrir o sistema, enquanto que o grupo FN demorava em média 47.0 (σ = 9.71). Outros dois experimentos (Experimento 2 e 3) replicaram o efeito, variando a distância das letras idênticas dentro dos arranjos. Esses resultados extenderam o alcance do efeito de aspecto positivo ao demonstrar que propriedades relacionais dos estímulos, e não apenas propriedades estáticas, podem funcionar como aspecto distintivo. Afirma que a performance geral dos participantes na tarefa foi “decepcionante”. Discute que humanos baseam-se em estratégias de resolução de problemas inapropriadas durante a execução de uma diversidade de estudos cognitivos ou sociais. Pessoas raramente testam estratégias alternativas quando uma solução tentadora é alcaçada, mantendo-se fortemente sobre soluções tentadoras mesmo em face de evidências disconfirmatórias. Afirma que essas tendências podem, em parte, explicar performances pobres com arranjos FN.

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Rafael Picanço, 15 de Setembro de 2017.